Em Itália cada dia é o pior dia neste país tão castigado pela calamidade do Coronavirus . O cenário mais caótico e dramático regista-se na região da Lombardia , onde o hospital de Cremona já se apresenta sem capacidade de receber mais doentes.
Nas igrejas, transformadas em câmaras mortuárias amontoam-se os caixões que esperam para serem transportados para os crematórios, já que não existe espaço nas morgues, super lotados de corpos. Mas mesmo assim, neste cenário dantesco, continua a haver um grande respeito pelos mortos.
Defuntos estes sem direito sequer a um funeral , muito menos a despedida das famílias , todas elas em quarentena. Todos morrem sós em Itália. A situação é avassaladora. O estados dos doentes é critico e o normal é que a maioria não resista.
O pessoal médico , sem ter uma cura à vista. limita-se a a mantê-los vivos. Os doentes são altamente contagiosos e sempre que possível são observados a distância , embora nem sempre isso seja possível. Lavam-se e desinfectam-se as mãos constantemente. As luvas, as máscaras e os fatos de proteção são mudados constantemente.
Na verdade, estes homens e mulheres estão exaustos, assim como está todo o aparelho de saúde. Mas não vacilam . Trabalham duramente , doze e mais horas por dia. Mudam de posição todos os doentes a cada 13/16 horas para aliviar a pressão dos pulmões. É uma autentica catástrofe , um verdadeiro tsunami que assolou este país.